Denúncias tiram Palocci do governo pela segunda vez Compartilhe

Parlamentar de primeiro mandato, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) é a nova chefe da Casa Civil. Ela foi convidada pela presidente Dilma Rousseff para substituir Antonio Palocci, que, em carta entregue à presidente, pediu seu afastamento do governo. A saída do ministério ocorreu cerca de um mês após ser revelado que ele multiplicara seu patrimônio por 20 em apenas quatro anos.

Com a demissão de Palocci, os defensores da política de juros elevados e cortes de gastos públicos perdem seu principal porta-voz no Planalto.

Analistas independentes advertem, porém, que isso, em vez de frear, deve encorajar os setores mais conservadores, dentro e fora do governo, a elevarem a pressão sobre a presidente por novas concessões, já implícitas na agenda para travar o crescimento do país adotada por Dilma.

"O ministro considera que a robusta manifestação do Procurador Geral da República confirma a legalidade e a retidão de suas atividades profissionais no período recente, bem como a inexistência de qualquer fundamento, ainda que mínimo, nas alegações apresentadas sobre sua conduta. Considera, entretanto, que a continuidade do embate político poderia prejudicar suas atribuições no governo. Diante disso, preferiu solicitar seu afastamento", diz a nota de Palocci.

A nova titular da Casa Civil é mulher do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e presidente do PT no Paraná desde 2008. Em 2002, participou da equipe de transição do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na sua primeira entrevista coletiva, Gleisi disse que a presidenta Dilma a escolheu por seu perfil técnico. E disse que a presidenta quer a Casa Civil voltada para a gestão e o acompanhamento de projetos e processos. "Tive a oportunidade de trabalhar com ela em vários projetos quando fui diretora financeira de Itaipu. Ela era ministra de Minas e Energia. A presidenta disse que o meu perfil é o que ela quer na Casa Civil", contou.

Fonte: JusBrasil