TCM vê irregularidades nas 39 prefeituras fiscalizadas
Nada menos do que 100% das 39 prefeituras cearenses fiscalizadas pelo
Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) após as eleições tiveram
irregularidades administrativas detectadas. Entretanto, a avaliação do
órgão é positiva. Isso porque, desse total, somente algo em torno de 20%
a 30% dos casos têm características de desmonte – dilapidação
proposital do patrimônio público por prefeitos que deixarão o cargo no
fim deste ano.
As informações são do promotor Eloilson Landim,
da Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap),
órgão que, junto com o TCM, realizou a Operação Antidesmonte nos
municípios que passam por transição política. Os detalhes e os
resultados das fiscalizações serão apresentados hoje.
De
acordo com Eloilson, todas as 39 prefeituras tiveram problemas em
documentações, convênios e licitações, com diferentes graus de
gravidade. Mas, uma fatia considerada pequena de municípios, se
comparada com a de anos anteriores, revelou indícios de desmonte e terá
gestores no alvo de ações judiciais.
Principais problemas
Entre
as irregularidades mais recorrentes está a falta de pagamento de
servidores. Conforme O POVO publicou ontem 42 prefeituras são acusadas
de atrasar salários. Segundo Eloilson, também tem havido interrupção de
serviços essenciais, como transporte escolar, atendimento na área de
saúde, entre outros. “Tem município em que os médicos estão sem
trabalhar desde o fim de novembro”, afirmou o promotor, acrescentando
que os nomes dos prefeitos suspeitos de desmonte serão apresentados
hoje.
O presidente do TCM, Manoel Veras, ponderou que a
dimensão do problema só poderá ser calculada a partir das próximas
semanas, quando forem revelados os restos a pagar que os prefeitos
deixam aos seus sucessores.
Também foi afastado o prefeito de Uruburetama, Giuvan Nunes (PPS), e suas secretárias de Educação e Ação Social.
O
objetivo do TCM e da Procap era identificar e também evitar casos de
dilapidação do patrimônio público durante a transição política. Os
órgãos avaliam que a situação não é mais “calamitosa” como chegou a ser
um dia no Estado.
Jornal O Povo On Line
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