Mulher Mata Marido e Enterra Corpo no Curral
A funcionária do Hospital Municipal de Salitre Luiza Judite do Nascimento foi presa na manhã de ontem acusada de matar e enterrar o corpo do marido em um curral. Um adolescente de 16 anos, filho da acusada, foi apreendido por participação na ocultação do cadáver do vaqueiro José Maximinus de Alencar Neto.
A mulher foi presa após uma operação conjunta realizada por policiais civis e militares dos municípios de Salitre e Campos Sales. Conforme a polícia, José Neto estava desaparecido da localidade de Baixio, na zona rural de Salitre, havia 26 dias. Convidada à prestar depoimento para ajudar nas investigações do desaparecimento, Luiza acabou se contradizendo e passando a produzir diversas versões que levaram o delegado Sérgio Pereira dos Santos a suspeitar de um provável envolvimento da mulher no sumiço.
Um fato que chamou a atenção da Polícia foi a informação repassada por Luiza aos familiares do vaqueiro dando conta de que ele estaria fazendo contatos com ela através de um número de telefone celular. "Ela, inclusive, chegou a passar esse número aos demais familiares da vítima. Várias tentativas foram realizadas pelos familiares que queriam saber do paradeiro dele. As ligações, no entanto, sempre acabavam encaminhadas à caixa postal", disse o delegado.
Ao retornar para casa após o depoimento, a mulher acabou sendo pressionada por irmãos a contar o que realmente havia acontecido e indicar o paradeiro de José Neto. "Ela chegou nervosa em casa e, percebendo que havia algo errado, a família então a pressionou", disse Santos.
Ontem, por volta das cinco da manhã, um irmão de Luiza que mora em Brasília telefonou para a Delegacia. O homem contou que o vaqueiro teria sido assassinado por sua irmã e que o corpo havia sido escondido com o auxílio do sobrinho dele, um adolescente de 16 anos.
A polícia solicitou novamente o comparecimento de Luiza à delegacia, desta vez acompanhada do filho que era enteado da vítima. Luiza, segundo o delegado, negou a autoria do homicídio. "Quando foi informada de que o irmão havia telefonado à delegacia informando sobre o crime, ela disse que José Neto havia morrido após ter se sentido mal durante o jantar e que, com medo da família dele, havia decidido enterrá-lo num curral, distante cerca de 220 metros da casa onde eles moravam", informou o delegado.
(Fonte: Jornal Diário do Nordeste)
Fotos: Michel Dantas
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