sexta-feira, 27 de maio de 2011

Assédio moral no trabalho é debatido na Assembleia


A Comissão de Trabalho e Serviço Público da Assembleia Legislativa do Ceará debateu nesta sexta-feira (27/05) o “Assédio Moral e Suicídio no Trabalho”. A audiência pública atende solicitação das deputadas Eliane Novaes (PSB) e Rachel Marques (PT).

A deputada Eliane Novaes declarou seu repúdio às pessoas que cometem esse tipo de abuso de poder. “Queremos aqui encontrar saídas para combater essas atitudes tão mesquinhas. Passamos a maior parte do nosso dia no trabalho e ainda estamos sujeitos a ações como essas, onde alguns usam de seu poder para oprimir outros”, avaliou.

Presente no debate, o deputado federal Artur Bruno (PT/CE) destacou a importância de ouvir a população e buscar soluções para o problema. ”Devemos discutir o assunto, pois o assédio se faz presente tanto em empresas publicas como privadas. E é ouvindo o relato de casos que poderemos aperfeiçoar nossa legislação e punir os culpados”, afirmou.
O superintendente regional do Trabalho, Papito Oliveira, lembrou o papel do órgão como mediador das denuncias feitas por trabalhadores assediados. “Somos muito procurados e isso nos anima. É sinal que a população perdeu o medo de denunciar”, observou. Ele lamentou não haver uma punição própria para casos como estes.
Representando a Advocacia Geral da União, Isabel Oliveira, explicou como se dá o processo de assédio moral dentro das empresas. “Estudamos os casos desde o ano 2000 e reconhecemos suas principais características. Geralmente, o patrão ou os colegas de trabalho, por questão de competição, passam a desrespeitar um colega em especial. Precisamos enfrentar o assédio moral, elemento destruidor da estima dos trabalhadores, que muitas vezes leva ao suicídio”, alertou.
O coordenador geral do Movimento de Valorização e Articulação dos Servidores Estaduais (Mova-se), João Batista, ressaltou a necessidade de se criar uma lei para combater os casos de assédio moral no trabalho. “Precisamos criar leis especiais para essas situações e informar aos trabalhadores como se defender. São humilhações que causam agressão à saúde”, opinou.
“Queremos que todos estejam inseridos nessa lei, pois estamos sujeitos ao desrespeito em nosso ambiente de trabalho”, esclareceu a representante da Comissão de Combate ao Assédio moral da Seplag, Rita Gomes. Segundo ela, “uma pessoa que tem prazer em castigar um companheiro de trabalho pode ser considerado doente”.
LA/AM


Fonte:Agência de Noticias da Assembleia Legislativa


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